A excelente qualidade do solo que circunda o actual concelho e vila de Ferreira do Alentejo bem como a proximidade de linhas de água determinaram, certamente, a fixação humana nesta zona há cerca de 43 séculos.
A arqueologia revelou-nos e confirmou-nos ainda a presença, neste concelho, dos Romanos, do Visigodos e do Povo Islâmico.
Apenas sabemos através dos documentos da chancelaria régia de D. Sancho II e de D. Afonso III que o território foi conquistado aos mouros em 1233 e foi doado, no ano seguinte, à Ordem de Santiago.
Dependente, espiritualmente, do bispado de Évora, só em época mais tardia se constituiu o seu alfoz pelo foral da Leitura Nova, concedido em Lisboa a 05 de Março
de 1516.
Ferreira teve castelo, situado ao pequeno cômoro do actual Cemitério Público, filial dos espatários de Alcácer do Sal, de que era alcaide em 1527, Francisco Mendes do Rio, e em 1708 Baltazar Pereira do Lago. Esta fortaleza desapareceu totalmente por volta de 1800, apesar de já estar arruinada, ainda ostentava algumas das famosas nove torres, o fosso e a barbacã.
A tradição popular afirma que por volta do século IV, na zona onde hoje se ergue o povoado de Ferreira do Alentejo, existia uma exuberante e próspera cidade romana denominada Singa. Essa cidade seria, contudo, atacada, por volta de 405 da era cristã, por povos bárbaros, os suevos e os godos, que teriam sido detidos pela valentia de uma valorosa mulher. Essa mulher, esposa de um ferreiro, terá defendido a porta do castelo com dois malhos.