A mais antiga referencia aos Paços do Concelho da Vila consta do Tombo Municipal de 1851, que afirma que estavam situados ao poente da Rua Longa e mantinham o campanário do sino de correr. O edifício confinava na época com casas de António Alexandre Vargas e quintal de Bernarda Jacinta, foi neste imóvel que em 1580 se celebrou o auto de aclamação de rei intuso Filipe II.
Na mesma artéria ficava a cadeia que era constituída por duas casas térreas, formando esquina com a Rua das Covas, e ao sul e poente com a moradia do Dr.Caetano Inácio.
Poteriormente os paços do concelho mudaram-se para uma casa nobre situada na praça ou russio da Vila, nos quais funcionavam os serviços administrtivos do concelho e a sala maior de audiências e demais actos jurídicos. No piso térreo funcionavam, o celeiro comum, um loja de aluguer e a cadeia.
Os Paços do Concelho ocupavam desde que se firmou o contrato de arrendamento com a fundação Luís António Pessanha Pereira, parte do imóvel fronteiro à Igreja Matriz. A data da escritura pública verificou-se no dia 1 de Abril de 1960, durante a presidência de Fernando de Vilhena e Vasconcelos.
O edifício onde ainda hoje se mantém os Paços do Concelho, mantém as fachadas da praça original e está situado na confluência da Praça Comendador Passanha e Rua Visconde de Ferreira do Alentejo. É contituído por dois pisos, nobre e térreo, este último de janelas de peitoral e o outro com balcões de sacada , de janelas de massa, simples e direitas, todos eles protegidas por grandes férreas, forjadas.
Um pequeno jardim alegra o interior do palacete. por dentro existiam alguns lambris de azulejos (azul e branco), com motivos de ramagem da fabrico lisbonense do período de D.Pedro V, D.Luís I.
Na cosinha, forrando a chaminé existia diversos azulejos de motivos de padrão policromo seiscentista. Do fundo mobiliário antigo do município, apenas se salvou a Cadeira do Juiz de Fora da Vila e o Estandarte, de damasco vermelho.
A cadeira de espaldar data de 1853 e foi alvo de inúmeras acções de restauro.
O estandarte apresenta numa das faces o escudo régio de Portugal, coroado e ainda respeitado a interpretação concedida pela chanceleira heráldica de D.João IV , e no outro lado apresenta o brasão de Ferreira , a espada cravejada de vieiras da Ordem de Santiago, a torre e o ferreiro com a bigorna e o malho da profissão. Uma lenda latina de muito difícil decifração contorna o brasão.
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